Aulas abertas
Os curadores convidados do 20º Festival conduzem visitas à exposição, acompanhados por especialistas em áreas relacionadas a seus principais núcleos temáticos. As visitas, que terminam em aulas abertas, aprofundam a ideia da busca de novas visões de mundo pelo atravessamento das fronteiras entre arte e ciência, recorrente entre as obras do 20º Festival.
Dia 14.10, sábado, às 15h / Auditório
Reinvenção e resistência
Com Ana Pato e Márcio Seligmann-Silva
Tendo como propósito problematizar a arte contemporânea como espaço de escuta e reconhecimento da experiência histórica traumática, o encontro irá abordar os processos de perpetuação da violência, a produção de um contradiscurso às narrativas históricas “oficiais”, a questão da representação e o desejo de criar memória a partir da reintegração, no presente, de histórias obliteradas.
Ana Pato (Brasil) é curadora e pesquisadora. Doutora pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (USP), foi curadora-chefe da 3ª Bienal da Bahia (2014) e diretora da Associação Cultural Videobrasil. Publicou o livro Literatura expandida: arquivo e citação na obra de Dominique Gonzalez-Foerster (Edições Sesc/Associação Cultural Videobrasil, 2012).
Márcio Seligmann-Silva (Brasil) é doutor pela Universidade Livre de Berlim, pós-doutor por Yale e professor titular de teoria literária na Unicamp. É autor de O local da diferença (Editora 34, 2005) e A atualidade de Walter Benjamin e de Theodor W. Adorno (Editora Civilização Brasileira, 2009). Foi professor visitante em universidades na Argentina, Alemanha e México.
Dia 11.11, sábado, às 15h / Auditório
Da arte de hoje ao espaço construído: outras formas e práticas para além do moderno
Com Diego Matos e Guilherme Wisnik
Por meio da arte contemporânea, o encontro discute como o espaço construído se renova e se comporta sob condicionantes diversas daquelas verificáveis em ambientes que repercutiram fielmente o paradigma moderno. Mais que pontuar uma modernidade periférica, trata-se de perceber espaços que se concebem por apropriações, resistências e invenções distintas do projeto estético e social hegemônico do Ocidente.
Diego Matos (Brasil) é pesquisador e curador. É mestre e doutor pela FAU USP. Foi assistente de curadoria da 29ª Bienal de São Paulo (2010), membro do Núcleo de Pesquisa e Curadoria do Instituto Tomie Ohtake, curador-assistente do 18º Festival de Arte Contemporânea Sesc_Videobrasil (2013) e coordenador de Acervo e Pesquisa da Associação Cultural Videobrasil.
Guilherme Wisnik (Brasil) é professor na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU USP). É autor de livros como Lucio Costa (Cosac Naify, 2001) e Estado crítico: à deriva nas cidades (Publifolha, 2009). Foi curador do projeto de arte pública Margem (Itaú Cultural, 2008-10) e curador-geral da 10ª Bienal de Arquitetura de São Paulo (2013).
Dia 13.1.18, sábado, às 15h / Auditório
Cosmovisões
Com Beatriz Lemos e Casé Angatu
A partir da hipótese de que cultura é o modo como povos se manifestam no mundo, a conversa traça paralelos entre percepções subjetivas e comunitárias nas relações entre humano, natureza e espiritualidade nas tradições ameríndias, e olha para obras que dialogam com discursos não hegemônicos sobre os papéis dos indivíduos em sociedade.
Beatriz Lemos (Brasil) é curadora e pesquisadora. Mestra em história social da cultura, é idealizadora da plataforma de pesquisa Lastro – intercâmbios livres em arte. Coordenou o projeto de catalogação dos documentos e da obra de Márcia X (1959-2005). De 2015 a 2016, integrou o programa Curador Visitante, da Escola de Artes Visuais do Parque Lage.
Casé Angatu (Brasil) é indígena da Aldeia Gwarini Taba Atã, território Tupinambá de Olivença. Professor na Universidade Estadual de Santa Cruz, em Ilhéus (BA), é Doutor pela FAU USP, Mestre em História pela PUCSP, e formado em História pela UNESP. É autor dos livros Nem Tudo Era Italiano – São Paulo e pobreza (1890-1915) e Identidade Urbana e Globalização – A Formação dos Múltiplos Territórios em Guarulhos/SP.