Performances
Dia 3.10, terça, às 20h / Rua central
Dia 4.10, quarta, das 16h às 19h / Rua central
Dia 5.10, quinta, das 16h às 19h / Rua central

Roy Dib (Líbano)
Here and There – São Paulo Edition, 2017
Em Alepo, uma das cidades sírias mais atingidas pela guerra, quem não tem refúgio usa cortinas e tapetes costurados para se proteger – se não das balas, pelo menos da visão dos atiradores. Os corredores coloridos de paredes de pano são uma imagem contundente das atrocidades da guerra. Na performance, uma parede-cortina semelhante é erguida no espaço do Festival por uma atriz que cose retalhos de tecidos orientais com uma agulha de tapeçaria, enquanto fala um texto.
Dia 3.10, terça, às 21h30 / Comedoria

Natasha Mendonca e Suman Sridhar (Índia)
The Black Mamba, 75’
Em parceria com a cantora, compositora, atriz e performer indiana Suman Sridhar, Mendonca propõe um live act envolvendo vídeo e música ao vivo. Sridhar transita com facilidade entre campos e referências: já criou sucessos pop radiofônicos, apresentou-se em galerias de arte e fez performances na televisão. Produziu e atuou em Ajeeb Aashiq, de Mendonca, obra selecionada para a exposição Panoramas do Sul. Desde o título, The Black Mamba tira partido da atmosfera do cinema indiano popular, apelidado de Bollywood, em referência a Hollywood.
Dia 4.10, quarta, às 20h30 / Comedoria

Filipa César (Portugal) e Sana N’Hada (Guiné-Bissau)
LUTA CA CABA INDA, aproximadamente 90’
Usando como título uma expressão creole que significa “a luta ainda não acabou”, a ação parte da recuperação, pesquisa e divulgação, por Filipa César e cineastas da Guiné-Bissau, do acervo do Instituto Nacional do Cinema e Audiovisual do país, com filmes produzidos pelo movimento de libertação dos anos 1960 e 1970. No evento, a artista e o cineasta conversam sobre os conteúdos do arquivo, que consideram uma “uma cápsula do tempo”, exibem o filme O regresso de Amílcar Cabral (1976), que mostra a cerimônia solene de retorno a Bissau dos restos mortais do político, assassinado em Conacri em 1973. A ação termina com um jantar criado em parceria com o coletivo de imigrantes africanos Iada África.
Dia 5.10, quinta, às 20h30 / Teatro

Von Calhau! (Portugal)
Tau Tau, 50’
Em um ambiente marcado pela presença de instrumentos – bumbo, címbalo, gaita de foles – e objetos infláveis e pendentes, os artistas e um músico promovem um concerto cênico-sonoro. O “toncerto” acontece a partir de duas células: o primeiro Tau e o segundo Tau. “O primeiro Tau debruça-se sobre o princípio especulativo tautauista que afirma que o tom original do universo (o primeiro Tau?) tem sua origem na cópia e replicação de si mesmo ((o segundo Tau?)). Assim, é a cópia e replicação tautauista do Tau que origina o Tau. O segundo Tau é a tentativa de discorrer sobre este fenômeno por meio de palavras, num concerto composto por canções curtas. Tenta-se, assim, ao fim e ao cabo, acabar no fim. Depois do segundo Tau segue-se (((afinal))) o primeiro Tau.”
Dia 6.10, sexta, às 20h30 / Convivência
Dia 4.11, sábado, às 15h / Auditório

Mabe Betônico (Brasil)
Histórias minerais extraordinárias, 2017, aproximadamente 25’
Partindo de três personagens da história da Suíça – o geógrafo Aubert de la Rüe, o ufólogo Billy Meier e Pierre Versins, fundador do museu de ficção científica Maison d’Ailleurs –, o trabalho sobrepõe fronteiras entre geografia, ufologia e ficção, e toma a forma de um programa de palestras e debates.
Dia 7.10, sábado, às 20h30 / Auditório

Pedro Barateiro (Portugal)
Tristes selvagens, 30’
Um texto que desconstrói o título da performance e envolve notícias relacionadas ao momento histórico contemporâneo é a base da ação. Enquanto lê o texto, o artista projeta imagens, criando uma narrativa a partir da notícia de uma praga que afeta as palmeiras em Portugal e se alastra pelo sul da Europa. “No limite, nosso desejo é tornar o mundo maior ou menor? Por que as palmeiras são símbolo de desejo? Será por esse motivo que suas folhas estão sendo queimadas? Resta-nos ser ainda mais selvagens ou menos selvagens, mais ou menos animais? Quem são os bárbaros de hoje? Talvez os agentes da bolsa de Wall Street, que Paul Krugman considera os responsáveis pela crise econômica atual?”, diz o artista, num trecho do texto.”
Dias 7 e 8.10, sábado e domingo, às 15h / Convivência

Emo de Medeiros (França)
Kaleta/Kaleta, 2013-2017, aproximadamente 45’
No fim do ano, a juventude de Benin celebra a Kaleta, festividade com máscaras locais que parece uma mistura de Carnaval brasileiro e Halloween norte-americano. A tradição é atribuída a ex-escravos que foram levados para o Brasil e voltaram ao Benin após se sublevarem na Revolta dos Malês, ocorrida em 1835 em Salvador. Com elementos da festa, o artista cria um ambiente imersivo que convida o público a confrontar suas próprias personas.
Dia 14.1.2018, domingo, às 18h / Deck

Satellite Musique
Formada por imigrantes haitianos que se conheceram em redutos da comunidade do país em São Paulo, onde vivem desde 2014, a banda Satellite Musique toca seu set de compas (ou kompa), estilo tradicional do Haiti com elementos de zouk, rumba congolesa e reggae. No 20o Festival, eles integram o projeto do Museu do Estrangeiro, obra de Ícaro Lira.
Apoio institucional
Apoio cultural
Parceiros de residência
Colaboração