Rafael Pagatini

Caxias do Sul-RS, Brasil, 1985
O artista recorre a gravura, fotografia e instalação para investigar as relações entre arte, memória e política. A crítica à sociedade contemporânea, expressa na tematização do regime militar brasileiro, marca sua obra. Expôs na Hong Kong Graphic Art Fiesta (2011), Instituto Tomie Ohtake, São Paulo (2012), e Paço das Artes, São Paulo (2016). Vive em Vitória.
Bem-vindo, presidente!
Da série Fissuras, 2016, instalação, impressão a jato de tinta sobre papel haini. Dimensões variáveis
Instalação que parte da catalogação de anúncios de empresas publicados no jornal A Gazeta, de Vitória, entre as décadas de 1960 e 1980. Os recortes relacionam-se aos chamados Grandes Projetos, voltados para a exportação de commodities no Espírito Santo. Marcando o vínculo entre a ditadura militar brasileira e a iniciativa privada, lembram um projeto moderno soterrado pela desigualdade social e por desastres ambientais como a destruição do rio Doce, principal rio do estado, em 2016.
Bem-vindo, presidente!, da série Fissuras, 2016
Instalação
DOPS
Da série Fissuras, 2016, instalação, impressão UV sobre madeira. 522 x 91 cm
Nesta instalação, documentos oficiais do Departamento de Ordem Política e Social (DOPS) estão postos sobre canaletas de madeira, disponíveis para a manipulação do público. São imagens e textos extraídos de um relatório sobre o Concílio de Jovens, evento de esquerda organizado por movimentos sociais e pela Igreja Católica. A aleatoriedade da combinação causa um curto-circuito na pretensa objetividade de um dos principais órgãos repressores do Brasil no século 20.
DOPS, da série Fissuras, 2016
Instalação