Miguel Penha

Cuiabá, Brasil, 1961
De ascendência indígena – pai xiquitano, da fronteira da Bolívia, e mãe filha de bororo com português –, o artista retrata o cerrado e as matas da Região Centro-Oeste do Brasil, onde nasceu e vive. As luzes e cores da paisagem estruturam sua pintura, na qual homens e animais aparecem apenas como vestígios. Expôs no Paço das Artes, São Paulo (2014), Galeria Fast Coll, Madri (2015), e Museu de Arte e Cultura Popular da UFMT, Cuiabá (2016). Vive na Chapada dos Guimarães.
Cipó
2016, pintura, acrílica sobre lona. 200 x 140 cm
Cipó azul
2014, pintura, acrílica sobre lona. 208 x 360 cm
Na primeira pintura, um cipó vermelho, enrolado a uma árvore, destaca-se das cores frias do fundo, cortando a paisagem em duas, ao mesmo tempo em que se integra perfeitamente à vegetação. A segunda retrata uma mata rica em detalhes, que se fundem, e individualidades, que se atravessam. Ambas integram a série Cipós, fruto da busca do artista por suas origens indígenas e de uma imersão no Centro-Oeste brasileiro.